Os blogs de culinária são um hobby e uma profissão cada vez mais populares, pois pessoas do mundo todo procuram maneiras de compartilhar suas receitas favoritas na Internet. Para a maioria dos blogueiros, SEO é mais importante do que nunca, pois os blogueiros precisam fazer pesquisa estratégica de palavras-chave para encontrar boas ideias para orientar suas postagens.
Mas o que acontece quando essas palavras-chave de receita são específicas para uma determinada dieta ou condição médica? O que significam esses termos de palavras-chave? Os blogueiros de alimentos devem se dedicar à criação dessas receitas?
Vamos nos aprofundar em cada um desses tópicos, que o senhor pode analisar tanto do ponto de vista da classificação quanto da ética.
Isenção de responsabilidade: este post foi escrito por Chrissy Carroll, MPH, RD, uma colega blogueira de alimentos. Ele é apenas para fins informativos e não deve ser interpretado como aconselhamento jurídico ou de licenciamento. Para questões legais, consulte um advogado.
Quais são os modificadores comuns de palavras-chave de dieta?
Ao fazer sua pesquisa de palavras-chave, o senhor pode se deparar com algumas ideias de palavras-chave que são específicas para um determinado tipo de dieta ou padrão alimentar. Vamos dar uma olhada em alguns exemplos comuns e explicar o que eles significam:
Vegetariano
Uma dieta vegetariana geralmente evita qualquer alimento que requeira a morte de um animal. Às vezes, ela é definida alternativamente como não comer nenhuma carne animal.
Dessa forma, a maioria das receitas vegetarianas pode incluir laticínios, ovos e mel, mas não inclui carne bovina, frango, porco ou peixe.
Parece simples, mas há alguns ingredientes ocultos que o senhor pode não perceber que estão fora dos limites para um vegetariano.
Por exemplo, alguns queijos duros (como o parmesão) são feitos com coalho, uma enzima encontrada no sistema digestivo da vaca. Como a enzima é obtida por meio da matança do animal, muitos não considerariam esses queijos como opções em uma dieta vegetariana. (No entanto, é possível encontrar queijos feitos de outras maneiras, portanto, basta pesquisar um pouco para encontrar uma versão aprovada para vegetarianos).
Da mesma forma, a gelatina animal é feita de partes de animais, e a maioria dos senhores não a consideraria vegetariana. A gelatina pode ser encontrada em muitos produtos, de marshmallows a ursinhos de goma e Pop Tarts.
Dito isso, a definição específica e as práticas alimentares podem variar de pessoa para pessoa, dependendo do fato de estarem fazendo isso por motivos éticos ou de saúde.
Vegano
Uma dieta vegana vai um pouco além, evitando todos os produtos de origem animal, inclusive ovos e laticínios. As receitas veganas também eliminam o mel, pois ele é um produto de origem animal.
Tecnicamente, muitas formas de açúcar granulado também não são veganas, pois usam um processo de filtragem de carvão de osso. Algumas pessoas que seguem uma dieta vegana por motivos gerais de saúde talvez não se preocupem com isso, mas aquelas que seguem a dieta por motivos éticos em relação aos animais provavelmente saberão que o açúcar filtrado por carbonização óssea não deve ser usado. (Algumas pessoas que são vegetarianas por motivos éticos também podem evitar esse açúcar por esse motivo).
O senhor pode encontrar no mercado açúcar que não é filtrado por carbonização óssea; açúcar orgânico granulado ou açúcar de beterraba é uma opção segura para uma dieta vegana.
Sem glúten
Uma dieta sem glúten é aquela que evita o consumo de glúten, um tipo de proteína encontrada no trigo, no centeio e na cevada. As pessoas que têm doença celíaca precisam consumir uma dieta sem glúten para evitar danos ao intestino delgado. Algumas pessoas que têm sensibilidade não celíaca ao glúten/ao trigo também podem precisar evitar o glúten por motivos de saúde.
Pode ser complicado determinar se uma receita é realmente sem glúten, pois pode haver fontes ocultas de glúten que o senhor pode não reconhecer a princípio. Por exemplo, algumas fontes surpreendentes comuns incluem:
- Molho de soja
- Imitação de carne de caranguejo
- Cerveja
- Certos cereais de arroz ou milho que incluem malte de cevada
- Certos temperos para tacos
- Certos hambúrgueres vegetarianos
- A aveia também pode estar contaminada com glúten (devido à proximidade dos campos de trigo e do processamento), a menos que seja certificada como livre de glúten.
Essa não é uma lista completa, mas esperamos que transmita que o glúten pode ser encontrado em alguns lugares inesperados. É importante estar ciente disso ao criar receitas para quem segue uma dieta rigorosa sem glúten.
Sem açúcar
Tecnicamente, conforme usado nos rótulos dos produtos alimentícios, sem açúcar significa que uma porção contém menos de 0,5 gramas de açúcares, tanto naturais quanto adicionados.
Raramente é assim que o termo é usado no mundo dos blogs. Mais comumente, as receitas de blog são rotuladas como sem açúcar se não tiverem nenhum tipo de adição de açúcar na receita. Seria melhor chamar isso de “Sem adição de açúcar” ou “Sem adição de açúcar”. (Sei que não tem a mesma sonoridade).
Ao rotular uma receita como “sem açúcar”, também é importante observar que ela deve não incluem adoçantes naturais como mel, xarope de bordo ou néctar de agave. Todos esses são fontes de açúcar adicionado, e a nomenclatura “sem açúcar” pode ser confusa para os consumidores (especialmente aqueles que têm necessidades médicas que exigem a limitação de açúcar). Seria melhor chamar essas receitas de “sem açúcar refinado” ou “sem açúcar refinado”.
Baixo teor de sódio
Se uma embalagem de alimento afirma ter baixo teor de sódio, há uma definição específica. Baixo teor de sódio significa menos de 140 mg de sódio por porção.
Isso não é necessariamente exigido para receitas de blog, mas é aconselhável que os blogueiros levem isso em consideração. Os consumidores com pressão alta ou outras condições podem ser instruídos a procurar por “baixo teor de sódio” nas embalagens e podem presumir que as receitas na Internet tenham os mesmos limites.
Sem laticínios
As pessoas podem optar por uma dieta sem laticínios por motivos de alergia, saúde ou ética. Como as pessoas com alergias alimentares correm o maior risco de receber informações errôneas, devemos tentar garantir que as receitas sem laticínios sejam realmente sem laticínios.
Uma receita sem laticínios não deve conter ingredientes ou produtos à base de leite. Isso inclui os óbvios, como leite de vaca, iogurte, queijo e manteiga, mas também inclui produtos alimentícios sorrateiros que você não esperaria que tivessem laticínios, mas têm.
Por exemplo, o senhor acreditaria que algumas pastas de especiarias (como esta pasta de alho) e muitos cremes “não lácteos” contêm laticínios? (É isso mesmo, o termo “não lácteo” permite a presença de caseinato, uma proteína do leite, nos ingredientes).
As receitas sem laticínios também devem excluir o ghee, que é a manteiga clarificada. Embora a ghee possa ser uma opção melhor para pessoas com intolerância à lactose, ela não é isenta de laticínios e pode ser perigosa para pessoas com alergias alimentares.
Ceto
A dieta cetogênica (ou “ceto”, para abreviar) é uma dieta com muito pouco carboidrato e alto teor de gordura. Tradicionalmente, as dietas cetogênicas são usadas para ajudar a controlar a epilepsia em crianças. Nos últimos dez anos, a popularidade da cetogênica cresceu por outros motivos, desde a perda de peso até o controle do açúcar no sangue.
A divisão macroeconômica pode variar um pouco na dieta cetogênica, mas, para a maioria das pessoas, ela fica em torno de 70-80% das calorias provenientes de gordura, 10-20% de proteína e 5-10% de carboidratos. Normalmente, os carboidratos são mantidos em menos de 50 gramas por dia, embora possam precisar ser mantidos em até 20 gramas por dia para atingir a cetose.
Embora a cultura pop tenha introduzido termos como “ceto limpo” e “ceto sujo”, eles não existem realmente no verdadeiro sentido da palavra. Uma dieta cetogênica é simplesmente uma dieta com baixo teor de carboidratos, o que força o corpo a quebrar a gordura, criando cetonas para obter energia (em vez de depender de carboidratos).
Essa é provavelmente a dieta número um que é mal compreendida. Muitas receitas cetônicas na internet podem ser muito ricas em carboidratos ou muito pobres em gordura para serem realmente uma opção ideal em uma dieta cetogênica. Embora isso não seja um grande problema para quem adota a dieta para perda de peso, pode ser preocupante para quem procura receitas cetogênicas para uma criança com epilepsia.
O senhor deveria escrever no blog sobre essas palavras-chave?
Como a maioria das coisas nos blogs, a resposta é “depende”. Aqui estão alguns aspectos a serem considerados, tanto do ponto de vista de SEO quanto do ponto de vista ético:
Experiência – Essa mais recente adição ao Parte E-E-A-T das Diretrizes para Avaliadores do Google é o primeiro E de “experiência”. Pode ser uma experiência pessoal extensa ou em primeira mão.
Por exemplo, alguém que foi diagnosticado com doença celíaca há dez anos provavelmente tem toda uma experiência de primeira mão para poder criar receitas sem glúten. Pode ser sensato incluir um pouco dessa experiência pessoal em sua biografia no site.
Experiência – Está claro nas diretrizes do E-E-A-T que eles estão procurando sites que demonstrem conhecimento especializado em um assunto. É mais provável que isso seja uma preocupação quando o senhor é um blogueiro de alimentos que opta por publicar informações nutricionais no blog, além do conteúdo de receitas. O senhor é um nutricionista registrado ou tem um diploma em nutrição? Se for o caso, essas credenciais e formação podem lhe dar o conhecimento necessário para discutir (e ajudar a classificar) esses tópicos.
Relevância – Um fator que pode afetar sua capacidade de classificação para tópicos é a relevância desse tópico para seu site geral. Se o senhor tiver um site específico para receitas veganas, talvez tenha mais chances de se classificar para esses tópicos em comparação com um site que tenha uma base de receitas muito mais ampla.
Se, até agora, o senhor jogou espaguete na parede e não se especializou, dê uma olhada no Search Console e veja que tipos de tópicos estão se saindo bem. Isso pode lhe dar uma ideia do que o Google acha que é o assunto do seu site e pode orientar futuras pesquisas de palavras-chave.
Público – É muito provável que o senhor tenha em mente um avatar específico relacionado ao conteúdo que cria. Esse avatar gostaria de ver esses novos tipos de receitas? Seguindo o exemplo de um site totalmente vegano, seu público atual pode não ficar entusiasmado se o senhor mudar repentinamente para o ceto.
Escopo da prática – Se o senhor entende os requisitos de uma determinada dieta, certamente é justo criar receitas que se encaixem nesses requisitos ou escrever sobre suas próprias experiências com essa dieta. Fornecer informações gerais sobre nutrição on-line está protegido pelo direito de liberdade de expressão da Primeira Emenda.
Entretanto, fornecer informações nutricionais conselhos – como oferecer serviços de nutrição individuais ou criar planos de refeições individualizados para condições médicas – normalmente está fora do escopo da prática de um blogueiro de alimentos, a menos que ele tenha treinamento adicional em nutrição.
Lembre-se de que cada estado é diferente no que diz respeito às leis que regulamentam o escopo da prática. Não sou advogado e não posso falar sobre como isso pode se aplicar ao senhor. No entanto, é aconselhável pensar sobre isso não apenas do ponto de vista jurídico, mas também do ponto de vista ético. O senhor provavelmente não quer ser a causa de alguém tomar uma decisão alimentar perigosa por causa de uma orientação que o senhor forneceu sem entender completamente a ciência por trás da condição da pessoa ou da sua orientação.
Dicas úteis finais
Esperamos que essas considerações possam ajudá-lo a decidir se blogar sobre essas palavras-chave é adequado para o seu site. Aqui estão mais algumas dicas para ajudar a garantir o sucesso:
- Se optar por usar modificadores de dieta, pesquise bastante sobre a dieta para entendê-la e garantir que suas receitas realmente se encaixem na palavra-chave.
- Se a palavra-chave fizer alusão a determinados fatos nutricionais para a receita, faça o possível para calcular com precisão os fatos nutricionais e incluí-los em seu cartão de receita.
- Pode ser prudente incluir avisos nutricionais e/ou de alergia em seu site. Por exemplo, em meu site sem laticínios, sempre incluo uma nota que diz algo como: “Sempre verifique os ingredientes e os rótulos antes de fazer uma receita. Embora eu tente verificar se há alérgenos em todos os ingredientes, sempre há a possibilidade de eu deixar passar alguma coisa, ou as fórmulas dos fabricantes podem mudar.”
- Se o senhor estiver trabalhando em um post de blog patrocinado, eles podem exigir uma linguagem específica relacionada a dietas ou nutrição. Embora sua receita possa não se enquadrar na conteúdo de nutrientes ou diretrizes para alegações de saúde da FDA, seus produtos têm, e é por isso que eles podem proibir determinadas frases.
- Lembre-se de que pode haver diretrizes legais que regem o escopo da prática de aconselhamento nutricional para serviços individuais ou em grupo.
- Se o senhor é apaixonado por nutrição, considere a possibilidade de obter uma credencial de RD. Se isso não for possível, há muitas certificações por aí que fornecem conhecimentos básicos úteis sobre nutrição.
- Se estiver trabalhando em um projeto ou programa que envolva informações nutricionais, considere a possibilidade de fazer uma parceria com um RD para ajudá-lo! Eles podem fazer cálculos precisos de análise nutricional, ajudar a criar e revisar planos de refeições e muito mais.
Ao considerar tudo o que foi dito acima, o senhor poderá fazer uma escolha informada sobre o uso desses tipos de palavras-chave dietéticas em seus blogs sobre alimentação. Boa sorte!
Compartilhar é cuidar!
